sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Invasores registrados - Texto para o sétimo ano.

Documentários retratam um problema difícil de ser solucionado: a presença de espécies animais e vegetais não nativas na Ilha Grande, no litoral fluminense, que representam uma ameaça ao ecossistema da região.

Por: Raquel Oliveira
Publicado em 12/01/2010 | Atualizado em 13/05/2010
Invasores registrados
À esquerda, a concha de um caramujo do gênero ‘Megalobulimus’, nativo do Brasil. À direita, a de um caramujo gigante africano (‘Achatina fulica’), uma espécie invasora (foto: Raquel Oliveira).
As espécies invasoras da Ilha Grande, localizada no litoral fluminense, são o tema de uma série de documentários concluída recentemente. Os filmes, dirigidos pelo dramaturgo Luiz Duarte com a coordenação científica da bióloga Sonia Barbosa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), divulgam estudos sobre animais e plantas não nativos que são introduzidos na região e acabam prejudicando seu ecossistema.
As pesquisas apresentadas nos documentários são realizadas pelo Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (Ceads), mantido pela Uerj na Ilha Grande. “A ideia era mostrar a nossa pesquisa de uma forma mais atrativa para leigos”, explica Barbosa.
As espécies invasoras prejudicam o ecossistema, pois alteram as relações entre os seres locais e levam novos parasitas para a área
Algumas das espécies invasoras pesquisadas na Ilha Grande são a lagartixa, o bambu e a jaqueira. Além de não serem nativas da região, elas prejudicam o ecossistema, pois alteram as relações entre os seres locais e levam novos parasitas para a área. “A jaqueira, por exemplo, faz sombra sobre outras plantas e prejudica a fotossíntese delas”, exemplifica Barbosa. As espécies invasoras têm poder de colonizar um ambiente estrangeiro com mais facilidade, o que as leva a se multiplicar com rapidez.
Combater as espécies invasoras é uma tarefa complicada, especialmente quando se trata de animais, por causa da sua capacidade de locomoção. “É quase impossível erradicá-los”, diz Barbosa. “O que se faz é controlar sua quantidade por meio de remoção”, conta. Mas essa estratégia custa caro aos cofres públicos e requer treinamento, para que as espécies nativas não sejam retiradas de seu hábitat por engano. “O ideal é que as pessoas evitem tirar animais e plantas de seus ambientes naturais”, adverte

Um comentário: